ACIT - Associação Comercial e Industrial de Taguatinga

"A casa do empresário de Taguatinga"

- Desde 1960 -

Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF

15/08/2020 11:41

Ainda há previsão de mais 3 mil demissões de professores devido ao longo período de fechamento dos colégios da capital do país

Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF
  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter

Fechadas há cinco meses para aulas presenciais, as 570 escolas privadas do Distrito Federal têm sofrido com a evasão, a inadimplência e a instabilidade de vaivéns judiciais.


Embora o ensino on-line seja uma solução a fim de manter a rotina de aprendizado dos estudantes, mais de 1,2 mil alunos da rede privada migraram para a pública.

Tal fenômeno reduziu o faturamento dos colégios e, de acordo com estimativas do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), 120 das 570 escolas privadas da capital do país podem fechar as portas nos próximos dias. Ou seja, 21% dos estabelecimentos educacionais pagos correm o risco de encerrar as atividades.

Além disso, 700 professores da educação infantil e básica perderam seus empregos e 800 do ensino superior também foram demitidos. A estimativa do Sinepe é que, até outubro, 3 mil fiquem sem empregos.


“Estamos em um cenário de demissão em massa. As autoridades estão desnorteadas, as decisões vão e voltam, sem respeitar o investimento das escolas para receberem os alunos. Estamos numa crise séria e, agora, nossa missão é tentar dar suporte àquelas prestes a falir”, lamenta o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Sem perspectiva
Para ele, quando a Medida Provisória 936 expirar, os centros de ensino não terão mais como pagar seus funcionários e vão ter que começar o processo de falência, garantindo o pagamento dos professores e outros profissionais. “Em dezembro, a folha de pagamento de pessoal aumenta 330% devido ao 13º salário e férias. As escolas não têm orlamento suficiente”, expõe.

O Sinepe apresentou, na segunda-feira (10/8), um recurso contra a liminar que suspendeu as atividades presenciais na rede particular.


No agravo regimental, a entidade pediu a revogação da decisão e o ingresso no processo. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) Pedro Luís Vicentin Foltran atendeu a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) e suspendeu, na última quarta-feira (6/8), a volta às aulas, em um vaivém judicial que tem deixado toda a comunidade escolar perdida.

O Sinepe destacou, na peça enviada ao TRT-10, que a definição sobre o retorno efetivo das atividades presenciais “será levado para dezembro ou até mesmo após 2020, o que acarretará severos prejuízos ao setor educacional do Distrito Federal”. Isso por causa dos prazos previstos no processo judicial.

Autoriza e proíbe
O GDF suspendeu as aulas nas escolas públicas e particulares no dia 12 de março por causa da pandemia do novo coronavírus.

QUATRO MESES DEPOIS, O GOVERNO LOCAL AUTORIZOU O RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS NAS UNIDADES DE ENSINO DA REDE PRIVADA A PARTIR DO DIA 27 DE JULHO. O MPT ENTROU NA JUSTIÇA PARA BARRAR O REGRESSO E OBTEVE DECISÃO FAVORÁVEL DO JUIZ GUSTAVO CARVALHO CHEHAB, QUE IMPEDIU O RETORNO POR 10 DIAS.
Na terça-feira (4/8), a juíza Adriana Zveiter, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, derrubou a liminar de Chehab e autorizou a reabertura imediata – decisão revogada dois dias depois.

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter

Olá, deixe seu comentário para Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF

Enviando Comentário Fechar :/